Todas as assembleias de voto abriram às 08:00 de Brasília (11:00 em Lisboa), numa espécie de subordinação de todas as mesas ao fuso horário da capital.

Os mais de 156 milhões de eleitores poderão votar até às 17:00 de Brasília (20:00 em Lisboa) nas mais de 570 mil urnas eletrónicas espalhadas por 5.570 cidades do país.

Lula da Silva, cujas sondagens colocam como o favorito à vitória, deverá votar na Escola Estadual Dr. Joao Firmino Correia de Araújo, em São Paulo, a partir das 08:00. Por volta das 17:00, o ex-presidente brasileiro segue para o Hotel Intercontinental, na cidade paulista, onde acompanhará a votação. Às 20:30 tem previsto uma declaração à imprensa.

Já o Presidente brasileiro vota no Rio de Janeiro na Escola Municipal Rosa da Fonseca, num horário ainda não confirmado, e deverá seguir para o Palácio da Alvorada, em Brasília, para acompanhar o processo eleitoral.

Em Portugal, estão inscritos mais de 80 mil eleitores, que votarão em Lisboa, Porto e Faro.

Esta manhã, cerca de 7.500 cidadãos brasileiros encontravam-se na Alameda da Universidade em Lisboa a aguardar pela abertura das urnas para poderem votar na segunda volta das presidenciais brasileiras nas 58 mesas de voto instaladas na Faculdade de Direito.

O primeiro eleitor a entrar para o edifício da Faculdade de Direito, Joaquim Maciel, disse à agência Lusa ter chegado ao local da votação às 05:30, seguido por uma multidão que, de forma ordeira, se estende em fila até metade do relvado da Alameda da Universidade.

Sob forte aparato policial, os cerca de 47 mil eleitores inscritos, com uma fila especial para os votantes com mobilidade reduzida, estão a afluir ordeiramente para votar nas eleições que opõem Jair Bolsonaro a Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais no Brasil.

Na primeira volta das eleições realizadas em 02 de outubro, Lula também era o principal favorito e venceu mesmo a primeira com 48,4%. Contudo, as sondagens não descortinam a força de Jair Bolsonaro que acabou com 43,2%.

Em causa nestas eleições estão duas personalidades antagónicas que dividiram o país em dois numa polarização nunca antes vista na sociedade brasileira.

Para além das eleições presidenciais há também segunda volta para escolher governadores dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, o maior colégio eleitoral do país com 34 milhões de eleitores e que põe frente a frente o candidato apoiado por Lula, Fernando Haddad, e o apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas.

Em oito cidades do país os eleitores escolhem ainda os novos prefeitos e vice-prefeitos.

O voto é obrigatório para todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos e facultativo para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.