Tudo começou com o momento em que Cristiano Ronaldo, na conferência de imprensa de antevisão ao Portugal - Hungria, retirou as duas garrafas de Coca-Cola que estavam em cima da mesa para fora do plano das câmeras, colocando uma garrafa de água no seu lugar.
"Água!", disse Cristiano, repetindo depois o nome daquela que é provavelmente a marca de refrigerantes mais famosa do mundo num tom irónico.
Esta quarta-feira aconteceu uma situação semelhante, mas com outro protagonista. Manuel Locatelli, a grande figura da seleção italiana na vitória sobre a congénere suíça, eleito homem do jogo depois de ter marcado dois dos três golos da partida, dirigiu-se à conferência de imprensa e ainda antes de se sentar arredou as garrafas de Coca-Cola, um dos patrocinadores deste Campeonato da Europa, substituindo-as por uma garrafa de água que o próprio levou consigo e afirmando entre risos: "L'acqua" (água em italiano).
O ato não foi justificado, assim como não foi o de CR7, embora pareça estar implicito na ação do capitão da seleção portuguesa a sua aversão a tudo aquilo a que não seja saudável, algo que sempre ficou patente nas várias entrevistas e reportagens em que participou.
Chegou a dizer-se que este pequeno gesto de Ronaldo levou a uma queda de mais de três mil milhões de euros da Coca-Cola, embora vários economistas tenham vindo reiterar que o mau momento da empresa na bolsa já vem de trás, com um anúncio relacionado com a distribuição de dividendos. No entanto, as coisas podem mudar caso 'a moda pegue', como se diz em bom português.
E pode mudar não só para a Coca-Cola como também para a Heineken, uma vez que este "garrafagate" também já passou pela marca de cerveja, que é outro grande patrocinador deste torneio. Na terça-feira, depois de ser eleito o melhor jogador em campo no França - Alemanha, Paul Pogba dirigiu-se para a conferência de imprensa onde se sentou e tirou a garrada de Heineken de cima da mesa. Neste caso vários meios internacionais estão a associar o gesto ao facto do jogador do Manchester United ser muçulmano e, por isso, não beber álcool.
Será agora uma questão de tempo para se perceber até onde este 'movimento' pode ir e o poder que algumas das maiores estrelas do chamado desporto-rei podem ter face a algumas das maiores marcas do mundo.
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