Foram curtas as declarações de Jair Bolsonaro após exercer o direito de voto esta manhã no Rio de Janeiro. Aos jornalistas disse apenas que tem uma "expectativa de vitória, pelo bem do Brasil. Só tivemos boas notícias nos últimos dias. Se Deus quiser, seremos vitoriosos hoje à tarde. Ou melhor, o Brasil será vitorioso hoje à tarde", concluiu.

Poucas frases, num registo um pouco diferente no adotado na primeira volta, em que se prolongou nas declarações após o voto.

O presidente brasileiro chegou ao local e votou assim que as urnas foram abertas, por volta das 8:00 locais (11 horas em Lisboa).

Após votar, o candidato saiu da Vila Militar e seguiu para o aeroporto do Galeão para receber a equipa de futebol do Flamengo, que no sábado venceu o Athletico Paranaense num jogo disputado no Equador e se tornou tricampeã da Taça Libertadores da América.

Bolsonaro enfrenta hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) numa eleição marcada pela polarização política e muita tensão.

Na primeira volta das eleições realizadas em 02 de outubro, Lula também era o principal favorito e venceu mesmo a primeira com 48,4%. Contudo, as sondagens não descortinam a força de Jair Bolsonaro que acabou com 43,2%.

Em causa nestas eleições estão duas personalidades antagónicas que dividiram o país em dois numa polarização nunca antes vista na sociedade brasileira.

Para além das eleições presidenciais há também segunda volta para escolher governadores dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, o maior colégio eleitoral do país com 34 milhões de eleitores e que põe frente a frente o candidato apoiado por Lula, Fernando Haddad, e o apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas.

Em oito cidades do país os eleitores escolhem ainda os novos prefeitos e vice-prefeitos.

O voto é obrigatório para todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos e facultativo para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.

*Com Lusa