O momento é histórico, já que foi a primeira vez em 200 anos que houve um abdicar do trono no Japão – uma licença excecional de 10 dias foi emitida para a ocasião -, mas a mudança de soberania decorreu sem grande espetáculo, numa cerimónia privada.
No topo de um arranha-céus bem protegido no centro de Tóquio, onde a presença policial foi reforçada, nenhuma concentração aconteceu para testemunhar o início da Reiwa à meia-noite.
Ainda assim, alguns japoneses fizeram a viagem através da chuva, para imortalizar a mudança de era. Entre eles, Miyuki Sakai, de 45 anos, viajou especialmente desde Osaka, no Oeste, com a sua família para prestar homenagem a Akihito.
“Durante a era Hesei, consegui o meu diploma, casei-me e tive três filhas, então quis agradecer ao imperador”, disse, em declarações à France Presse, enquanto fazia vénias em sinal de gratidão.
O imperador Akihito confirmou hoje a sua abdicação, agradeceu ao povo japonês e desejou que a era do seu filho traga "paz e felicidade" ao Japão e ao mundo.
Akihito, de 85 anos, dirigiu-se ao público na cerimónia de abdicação, que durou pouco mais de dez minutos e foi realizada no Salão Pino, a maior sala do Palácio Imperial de Tóquio.
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