"Percebemos perfeitamente os objetivos do PS que, através da Câmara Municipal, procura denegrir aquilo que é uma marca da CDU de que o PS não se pode gabar - a honestidade, o trabalho e a competência. Nesse relatório não estão reconhecidas nenhumas barbaridades nem ilegalidades. É estranho que o PS agarre numa questão que se tratou de um trabalhador com 25 anos receber como registo do seu trabalho um relógio e transformá-lo num caso político", disse Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP respondia a perguntas dos jornalistas após uma reunião com representantes da Associação Intervenção Democrática, que integra habitualmente a Coligação Democrática Unitária (CDU), na sede nacional do PCP, em Lisboa.

"Sabemos ao que o PS vem, mas em relação à forma como a CDU gere os municípios seria uma boa lição e ensinamento para alguns setores do PS", sublinhou.

Jerónimo de Sousa desconfiou ainda das intenções por trás do referido relatório de auditoria em causa, insinuando que aquela instituição não é imparcial, numa referência ao facto de o irmão da atual líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, ser o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

"Quem está à frente da entidade...? Valia a pena ver quem é que está à frente dessa instituição. Não, não é nada independente, pelo menos a pessoa que dirige", acusou.

Questionado pela agência Lusa, Jerónimo de Sousa assumiu estar a referir-se ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O jornal Público noticiou hoje que aquela auditoria da IGF apontou à presidência do comunista Joaquim Judas do município da margem sul do Tejo, entre 2014 e 2016, "despesas ilegais" de, pelo menos, 1,6 milhões de euros, bem como o facto de 54% dos contratos analisados terem sido feitos por ajuste direto e com convites a uma única entidade.

Nas últimas eleições autárquicas, Almada foi um dos nove municípios da CDU perdidos para o PS, que candidatou à presidência da autarquia a antiga deputada Inês de Medeiros.

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