“O Presidente da República deveria fazer aquilo que [já] fez e visitar a festa - não é novidade, como é sabido -, e ver para crer, em vez de fazer juízos de valor que eu considero precipitados”, afirmou Jerónimo de Sousa, de visita a duas exposições no espaço central do certame político-cultural anual dos comunistas, no Seixal, distrito de Setúbal.

Em setembro de 2015, meses antes de ser eleito chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa passeou pelo recinto das quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, protagonizando inclusive uma reportagem especial em que foi seguido a par e passo pela TVI.

“Talvez queira dar uma mãozinha ao seu partido, que tem encabeçado esta campanha violenta contra a Festa do ‘Avante!’. Não vou aqui abrir nenhuma guerra, mas gostaríamos de ver o Presidente a ver com os seus olhos e tirar as conclusões desta realidade que é a Festa do ‘Avante!’”, afirmou o líder comunista.

Na sexta-feira, o Presidente da República confessou-se “menos otimista” do que a Direção-Geral da Saúde e do que o PCP quanto à realização do evento, acrescentando tratar-se de um problema de “avaliação política”.

Jerónimo mantém tabu sobre continuidade como líder

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, manteve hoje o mistério sobre a sua continuidade ou não à frente dos destinos do partido, numa visita a exposições na Festa do “Avante!”, no Seixal.

“Tabu, não”, respondeu, a rir, referindo que “a vida tem a sua dinâmica”.

“Tem de haver decisões coletivas, opinião pessoal. Não tenha pressa que isto não será um problema no próximo congresso”, afirmou o secretário-geral comunista há 15 anos e que já leva 44 de festas do “Avante!”, aos 73 de idade.

O XXI Congresso Nacional do PCP está marcado para decorrer entre 27 e 29 de novembro, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.

“Há esta questão importantíssima da decisão do nosso coletivo partidário. Aquilo que posso adiantar é que, em qualquer circunstância, o meu partido pode sempre contar comigo até eu poder”, declarou ainda.

Jerónimo de Sousa, em entrevista à Lusa em março de 2019, admitiu pela primeira vez não recandidatar à liderança do partido porque "é da lei da vida", embora frisando não ir "calçar as pantufas" e mantendo-se como militante comunista.

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