Num comício autárquico em Alverca, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa), Jerónimo de Sousa disse que estão a ser a própria realidade e os bons resultados económicos, por exemplo, a desmentir tanto as "teses" de "desastre económico" iminente, como aquelas que defendem que há que cumprir escrupulosamente as "imposições" da União Europeia, numa espécie de "resumo da matéria dada".
"Não é ainda o que é justo e se impõe, mas são avanços. Avanços que são o resultado da nossa intervenção e da luta dos trabalhadores e das populações e não dádiva do Governo do PS, que noutras circunstâncias nunca adotaria, como nunca adotou, no seu programa de partido. Só não vê quem não quiser ver: muito do que se tem conseguido em matéria de direitos e rendimentos vai para além do que o Governo PS admitia no seu programa", disse.
Ao sexto de 11 dias de caravana eleitoral pelo país, o líder comunista avançou esses avanços alcançados, como o aumento das reformas e do abono de família, a gratuitidade dos livros do ensino básico, a redução das taxas moderadoras, o apoio extraordinário a desempregados, o combate à precariedade na Administração Pública ou a redução do Pagamento Especial por Conta.
A diminuição dos custos dos combustíveis em atividades ligadas às pescas e a “recuperação de serviços públicos e funções sociais do Estado” (na saúde, na educação e nos apoios sociais) foram outros exemplos dados.
"Prova-se assim, desmentindo as teses da política de direita, do grande capital, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, que o reforço dos direitos, a melhoria das condições de vida são os elementos estruturais do desenvolvimento e fazem bem à economia portuguesa. Nesta nova fase da vida nacional caíram por terra os argumentos do desastre económico que significaria o aumento do salário mínimo", afirmou.
Para Jerónimo de Sousa, "hoje não há fundamento contra a subida do salário mínimo nacional e não há justificação para recusar a justa proposta de aumento para 600 euros já no início do próximo ano", até porque a evolução do valor médio do subsídio de desemprego era "em 2012 de 541 euros, em 2015 já apenas de 483 euros e em julho de 2017 de 461 euros".
Em Vila Franca de Xira, a CDU (PCP/PEV) concorre à Câmara Municipal com Regina Janeiro, atual vereadora no Barreiro.
São também candidatos em Vila Franca Helena de Jesus (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), o atual presidente, Alberto Mesquita (PS), Carlos Patrão (BE) e Adélia Gominho (PAN) e Vítor Dias (PTP).
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