A 18 de outubro, Jim Barnes, de 28 anos, e o golden retriever Murphy partiram numa curta viagem para recolher lenha e caçar galos silvestres, na Colúmbia Britânica.

No dia seguinte, Barnes deveria fazer um turno como paramédico em Fort St John, mas os dois não regressaram. Micaela Sawyer, companheira de Jim, comunicou o desaparecimento dos dois, conta o The Guardian.

A primeira pista sobre o seu paradeiro foi o sinal do telemóvel, que tocou numa estrada dos serviços florestais a sul da cidade. Depois, a carrinha cinzenta de Jim foi encontrada na berma da estrada, com amaior parte dos seus pertences, incluindo o telemóvel, as chaves, a mala e as armas de fogo. As buscas começaram, mas até hoje o caçador ainda não foi encontrado.

Contudo, Murphy voltou a casa. Micaela Sawyer viu num grupo no Facebook uma fotografia de um cão fraco na neve, com as patas cheias de ferimentos, e reconheceu que aquele era o cão que ela e Jim Barnes tinham criado desde cachorro.

"Ele está gravemente ferido, com um grande inchaço, feridas de perfuração (possivelmente de um cão ou coiote), uma pata dianteira partida e crostas por todo o lado”, escreveu Sawyer no Facebook. "O comportamento dele também mudou, de um cão calmo e independente para um que ladra a cada som e uiva quando saio da sala".

"Encontrar Murphy vivo dá-nos esperança de podermos finalmente obter respostas sobre o que aconteceu a Jim", disse ainda.

Porém, nada garante que seja de facto o animal desaparecido, já que não tinha microchip. Mas Sawyer levou-o a sítios onde costumavam ir e o cão parecia estar confortável.

"Neste momento, não podemos afirmar com 100% de certeza que se trata de facto de Murphy. Embora a família sinta que pode ser Murphy, a [polícia] está a analisar um teste de ADN para determinar positivamente que se trata de Murphy", referiram as autoridades.

Quando ao dono do cão, a polícia apresenta como hipótese um ataque de um animal selvagem, mas as pistas são inconclusivas até ao momento. Além disso, Barnes conhecia bem aqueles locais.

"Ele desapareceu numa zona muito movimentada. Há muita caça, pastos de gado comunitário e apanhadores de cogumelos. É simplesmente estranho", disse Shona Murray, uma paramédica que organizou uma busca voluntária depois de os esforços formais terem sido interrompidos e que diz que tudo foi muito "desorganizado".

"Ele estaria melhor orientado para a zona do que a maioria das pessoas e depois desapareceu", afirmou. "As equipas de busca comentaram muitas vezes como era estranho ele ter desaparecido sem deixar rasto".

Neste momento, a polícia da região afirma que a busca continua a ser uma "prioridade máxima" para as unidades locais — ainda para mais num momento em que o inverno se intensifica.