“A estimativa que temos atualmente é que podemos receber cerca de 90.000 peregrinos. É uma logística muito grande e é uma preparação muito grande que as nossas paróquias já estão a fazer, porque o acolhimento destes peregrinos vai ser feito paróquia a paróquia”, disse à agência Lusa o coordenador do Comité Organizador da JMJ da Diocese de Setúbal, João Marques.

“Destes 90.000 peregrinos, aquilo que estimamos é que cerca de 20% fica em famílias de acolhimento e os restantes 80% em espaços de acolhimento coletivo”, acrescentou, reconhecendo, no entanto, que “o número de famílias de acolhimento está abaixo do que se esperava”.

O coordenador da Diocese de Setúbal para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, que se realiza de 01 a 06 de agosto, admite haver algumas famílias que “têm reservas em acolher nas suas casas pessoas que não conhecem, outras que estão de férias no mês de agosto”.

A cinco meses do evento, a Diocese de Setúbal também ainda não tem informação sobre os equipamentos coletivos para acolher os jovens peregrinos.

“Não sei dizer porque neste momento estamos a negociar, a falar com cada uma das Câmaras Municipais, com cada uma das entidades, para acertar a utilização desses espaços. É um processo que está a decorrer e eu ainda não sei indicar qualquer espaço que já se possa dizer, garantidamente, que vai ser utilizado”, justificou o coordenador.

No que respeita à alimentação dos peregrinos que ficarem nos alojamentos coletivos, “os pequenos-almoços serão distribuídos nas paróquias de acolhimento”.

“Em relação aos almoços e jantares, haverá uma rede de alimentação constituída por restaurantes, refeitórios, por vários tipos de estabelecimentos, que podem fornecer menus de alimentação aos peregrinos. Os restaurantes, neste momento, já podem aderir a esta rede de alimentação, que vai funcionar com um sistema de ‘vouchers’”, indicou João Marques, lembrando que toda a logística da alimentação está a ser preparada de forma centralizada pela Igreja Católica Portuguesa.

A Diocese de Setúbal, juntamente com as congéneres de Lisboa e Santarém, foi uma das três escolhidas para o acolhimento de peregrinos na JMJ de Lisboa, que já tem inscritos cerca de 500 mil jovens de 183 países e que será encerrada pelo Papa.

A edição deste ano da Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica no mundo, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

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