“Nos aguentámo-nos bem, crescemos num quadro de grande condicionalismo” numa conjuntura em que “nunca se tinha visto uma coisa destas”, a pandemia de covid-19 e o confinamento geral em que decorreu a campanha eleitoral, afirmou Jerónimo de Sousa, no final de um comité central para analisar os resultados das presidenciais de domingo.

O eurodeputado comunista João Ferreira ficou em quarto lugar, à frente da bloquista Marisa Matias, subiu percentualmente, de 3,95% para 4,32% no resultado, mas perdeu em número de votos absolutos relativamente à candidatura de Edgar Silva, em 2016.

Olhando a uma “análise mais fina” dos resultados, o líder comunista afirmou que, face a estes números, o candidato comunista “teve de ir buscar votos novos” para contrabalançar estas perdas.

Onde houve uma quebra de votos absolutos, a leitura do comité central é que houve “um número idêntico de votos”.

O comité central destacou o aumento de 3,95 para 4,32% na votação e “a obtenção de um número idêntico de votos, num quadro em que votam quase menos meio milhão de eleitores e num contexto marcado por circunstâncias de saúde pública que limitaram a ação de esclarecimento e mobilização e que desmente os que procuram falsamente menorizar o resultado obtido pela sua candidatura”.

Questionado sobre se João Ferreira, que já foi candidato à câmara de Lisboa em 2017 e às europeias de 2019 e subiu ao comité central no último congresso do PCP, poderá voltar a concorrer às autárquicas no final do ano, Jerónimo de Sousa não exclui o cenário.

“Não estamos na fase escolhas de candidatos. João Ferreira, tal como outros meu camaradas, estão em condições de assumir essas tarefas no plano autárquico”, disse, a acrescentou que conta com o eurodeputado e “com milhares e milhares de comunistas, democratas e patriotas que se reveem no projeto da CDU”.

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