Numa mensagem publicada na conta pessoal na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, exigiu, paralelamente, que o Conselho de Segurança da ONU “intervenha imediata e firmemente”.
“Em vez de dar uma oportunidade às negociações para a libertação dos reféns e para um cessar-fogo, o Governo israelita ocupou a passagem de Rafah e fechou-a à ajuda humanitária aos habitantes famintos de Gaza”, frisou Safadi.
O chefe da diplomacia jordana sublinhou que o ataque a Rafah “é uma ameaça de outro massacre” e defendeu que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “deve enfrentar consequências reais”.
O vice-presidente da Turquia, Cevdet Yilmaz, juntou a sua voz às críticas, afirmando que tomar o controlo do lado palestiniano da passagem de Rafah é “acrescentar mais um crime de guerra” aos cometidos no âmbito da ofensiva lançada contra a Faixa de Gaza após os ataques de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
“Ao realizar um ataque terrestre a Rafah, um dia depois de o Hamas ter aceitado a proposta de cessar-fogo do Qatar e do Egito, Israel está a acrescentar mais um crime de guerra aos já cometidos nos territórios palestinianos desde 07 de outubro”, afirmou Yilmaz numa mensagem também na rede social X.
Netanyahu e “os seus colaboradores” […] “serão responsabilizados mais cedo ou mais tarde” por “terem cometido estes crimes contra a humanidade ou por terem permanecido em silêncio perante eles”, sublinhou.
“Continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, sob as ordens do nosso Presidente, Recep Tayyip Erdogan, para garantir que o Governo israelita, que viola o direito internacional e não respeita quaisquer regras, seja levado à justiça por todos os crimes cometidos e receba o castigo que merece”, acrescentou Yilmaz.
O exército israelita confirmou no início do dia de hoje que tinha tomado o lado palestiniano da passagem de Rafah, que serve como um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária no enclave, como parte do que descreveu ser uma “atividade orientada” em “áreas limitadas” contra a “infraestrutura terrorista” do Hamas.
A operação foi lançada horas depois de o gabinete de guerra criado em Israel após o “07 de outubro” ter concordado “unanimemente” em avançar com a ofensiva em Rafah, depois de o grupo islamita palestiniano ter afirmado que tinha aceitado uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Qatar e pelo Egito, argumentando que o texto apoiado pelo Hamas “fica muito aquém” das exigências israelitas.
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