A alteração aos agendamentos que tinham sido feitos pela conferência de líderes parlamentares desta semana foi enviada hoje pelos serviços do parlamento.
Assim, para quarta-feira, pelas 15:00, no plenário da Assembleia da República está marcada uma sessão evocativa do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, tal como aconteceu em janeiro de 2017 quando morreu o antigo chefe de Estado Mário Soares.
Cada grupo parlamentar terá seis minutos para intervir, enquanto os deputados únicos terão três minutos e as deputadas não inscritas um minuto e meio.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o luto nacional de três dias, de sábado a segunda-feira, decretado pelo Governo pela morte de Jorge Sampaio, que implica bandeiras a meia-haste e a suspensão de eventos ligados ao Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa “assinou o decreto que fixa luto nacional por três dias, de 11 a 13 de setembro, pelo falecimento do Presidente Jorge Sampaio”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
De acordo com a mesma nota, “o luto nacional implica que a bandeira nacional deve ser içada a meia-haste em todos os edifícios públicos, devendo ser cancelados ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado”.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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