“Depois de 48 horas de detenção, fomos libertos. A luta continua”, escreveu na sua página do Facebook Estácio Valoi, o jornalista moçambicano que integrava o grupo.

Os jornalistas foram detidos por volta das 09:00 de segunda-feira, pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), quando se encontravam a caminho de Palma oriundos de Chitolo, Mocímboa da Praia, onde estiveram a trabalhar.

Os profissionais alegaram que tinham autorização dos comandantes local e provincial para trabalharem naquelas zonas, de acordo com um comunicado do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA).

Além de Valoi e dos três jornalistas estrangeiros detidos, esteve também sob custódia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) o motorista que os acompanhava.

Os jornalistas estiveram detidos no Comando Distrital de Palma. Os distritos de Palma e da Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, tal como outras zonas do norte de Moçambique, têm sido palco de ataques protagonizados por grupos armados, desde outubro do ano passado.

A violência já provocou dezenas de mortos, entre civis, membros das Forças de Defesa e Segurança e dos grupos armados, e deslocações de populações bem como destruição de propriedade.

Os grupos que protagonizam os ataques têm sido associados a tentativas de impor uma versão do islão diferente do que vinha sendo praticado na região, que vai conhecer nos próximos anos projetos de produção de gás natural.