“Há um caminho que tem vindo a ser feito. Como é evidente não podemos em pouco tempo ultrapassar objetivos que em alguns casos têm duas décadas, é preciso dar tempo ao tempo”, disse aos jornalistas José Luis Carneiro, após ter participado numa reunião com oficiais e chefes da Polícia de Segurança Pública com funções de comando das equipas que estarão no policiamento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Vários sindicatos da PSP têm previstos protestos, por ocasião da JMJ, para reivindicar a resolução de alguns problemas, sendo a principal exigência a alteração da tabela remuneratória.
Também a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que congrega elementos da PSP, GNR, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE, iniciou na segunda-feira uma série de ações de protesto, com a distribuição de panfletos nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, contestando as atuais condições de trabalho.
O ministro avançou também que tem esta semana uma reunião com um sindicato da PSP, existindo ainda uma outra estrutura sindical que fez chegar o pedido na segunda-feira, mas ainda não sabe se tem condições para receber o sindicato antes da JMJ.
O governante sustentou que os sindicatos contam “com uma grande disponibilidade para dialogar” e lembrou que já decorreram várias reuniões de trabalho.
“Estão identificadas as áreas em que podemos evoluir rapidamente, nomeadamente as questões na saúde, higiene e segurança no trabalho e a reavaliação dos serviços remunerados”, precisou, dando conta de que tem sido feito “um trabalho muito intenso” na área dos investimentos em infraestruturas e equipamentos, habitações e alojamentos dos polícias.
José Luís Carneiro reconheceu que “há um grande esforço que tem vindo a ser feito e há um longo caminho a percorrer”, sublinhando que o Governo está atento “aos problemas dos polícias”.
O ministro disse ainda que entre janeiro 2023 e 2026 haverá “um aumento médio das condições salariais de 20%” dos elementos das forças de segurança, considerando ser “um aumento muito expressivo para melhorar as condições de vida desses profissionais”.
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