José Luís Carneiro falava aos jornalistas à entrada para a Comissão Nacional do PS, no Parque das Nações, em Lisboa, ocasião em que destacou Fernando Medina, seu apoiante na corrida à liderança dos socialistas, depois de a agência de notação financeira Moody’s, na sexta-feira, ter subido o ‘rating’ de Portugal de ‘Baa2’ para ‘A3’, com a perspetiva de positiva para estável.

“Quero felicitar o ministro das Finanças, porque a notação financeira do país é muito positiva e representa um sinal de confiança dos investidores no país. Esse sinal de confiança é fundamental, quer para financiar as condições de desenvolvimento, quer para manter o estatuto de Portugal como um país que honra os seus compromissos internacionais. Isso é essencial para valorizarmos salários e rendimentos”, declarou o ainda ministro da Administração Interna.

Nas suas declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro nunca se referiu ao seu principal adversário na corrida à liderança do PS, Pedro Nuno Santos, que, enquanto vice-presidente da bancada socialista, em 2012, quando António José Seguro liderava este partido e durante o período da ‘Troika’, admitiu que Portugal não pagasse a sua dívida externa.

“Desde criança sempre aprendi que pagar aquilo que devemos é mesmo essencial. O país ser hoje reconhecido no plano internacional como de grande credibilidade nas contas públicas é crucial para enfrentar o quadro exigente que vamos ter de enfrentar no futuro”, realçou.

José Luís Carneiro estendeu também o elogio que tinha feito a Fernando Medina ao primeiro-ministro, António Costa, sustentando que a consolidação orçamental é “um desafio coletivo”.

“Deve ser um compromisso do país ter contas certas. Esse é um compromisso essencial para o bem-estar e coesão do país”, acrescentou.