“É muito importante que a unidade que se está agora a viver no congresso tenha depois seguimento na elaboração das listas de candidatura ao parlamento”, afirmou José Luís Carneiro em declarações aos jornalistas à chegada à Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorre o 24.º Congresso Nacional do PS.
Para o também ministro da Administração Interna, “é evidente que a unidade se faz construída nos órgãos do partido e que, depois, em cada localidade do país, essa pluralidade se faça sentir”.
Questionado se espera que, nos órgãos mais restritos do partido, essa unidade também se faça sentir, Carneiro respondeu que “há órgãos que são da confiança máxima do secretário-geral”, como o Secretariado Nacional do PS ou a sua Comissão Permanente.
“Depois há os órgãos onde a pluralidade se faz sentir – a Comissão Política Nacional, a Comissão Nacional – e, depois, nas estruturas distritais, aí é que é muito importante que esta cultura de entendimento, de unidade na pluralidade, se faça sentir na elaboração das listas de candidaturas a deputados”, reforçou.
Já interrogado se está novamente disponível para integrar um Governo socialista como ministro, José Luís Carneiro respondeu que se pode servir o país “de muitas formas diversas”, designadamente “numa junta de freguesia, numa câmara ou assembleia municipal, na Assembleia da República, no exercício de funções governativas, no Parlamento Europeu”.
“Estou, como sempre estive, disponível para servir o meu país independentemente das funções que me são solicitadas”, disse.
Questionado se ser candidato nas eleições europeias é uma opção, Carneiro recordou que esteve dez anos no Comité das Regiões da União Europeia, onde pode “conhecer muitos daqueles que hoje têm funções de direção política”, como o chanceler alemão, Olaf Scholz, mas voltou a destacar que “todas as funções são importantes” quando se quer servir o país.
Já interrogado sobre uma eventual candidatura à Câmara Municipal do Porto, Carneiro respondeu: “Nós temos agora eleições regionais em fevereiro, vamos ter eleições legislativas em março e teremos eleições europeias em junho”.
“As eleições autárquicas são apenas em setembro, outubro de 2025. Eu diria que nós não devemos queimar calendário”, disse.
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