O Correio da Manhã noticia este sábado que José Sócrates está a trabalhar, desde março, como consultor no setor privado onde aufere um salário bastante superior à subvenção vitalícia que recebia da Caixa Geral de Aposentações desde junho de 2016, no valor de  2.372 euros brutos, pelos 18 anos de funções políticas e trabalho como deputado na Assembleia da República

O diário escreve que o antigo primeiro-ministro perdeu o direito a receber a totalidade da subvenção vitalícia uma vez que este recebe um salário superior a 3.700 euros por mês, o valor referência a partir do qual acontece uma “redução total” do subsídio.

Recorde-se que que Sócrates só requereu a subvenção em 2016, mas conseguiu recebê-la com efeitos retroativos, até ao  momento em que deixou de ser primeiro-ministro, em 2011.

O ex-chefe de governo é arguido no processo Marquês que recomeça no próximo dia 22 de junho. José Sócrates, que esteve preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

O Ministério Público imputou a 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, um total de 188 crimes.

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