João Carreira, de apenas 19 anos, tinha sido acusado de planear um ataque terrorista na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Esta segunda-feira, contudo, o tribunal condenou-o apenas a uma pena de 2 anos e 9 meses de prisão por posse de arma, que será cumprida em estabelecimento prisional para inimputáveis.

No acórdão, o coletivo de juízes presidido por Nuno Costa considerou não terem ficado preenchidos os requisitos dos crimes de terrorismo de que o arguido vinha acusado pelo Ministério Público (MP), nem o crime de treino para terrorismo que tinha sido pedido pela procuradora durante as alegações finais.

Nas alegações finais do julgamento, refira-se, o Ministério Público, que vai recorrer desta decisão, tinha pedido ao coletivo de juízes que o jovem fosse condenado a uma pena não inferior a três anos e meio de prisão efetiva em estabelecimento prisional com acompanhamento psiquiátrico.

O advogado do jovem, Jorge Pracana, revelou-se satisfeito pela decisão, avançando que irá agora analisar a pena a que João Carreira, ainda assim, foi sujeito.

"Esta decisão deixa-me satisfeito face ao contexto geral, mas tenho de ver e ler o acórdão final. A recomendação justifica-se, a justiça percebeu o que se passou. É importante que ele tenha acompanhamento, dentro ou fora de uma instituição. Todos nós percebemos que temos de dar oportunidade a este jovem de se desenvolver", referiu.