A Federação Norte-Americana de Professores afirmou, em comunicado, que Mujtaba al-Sweikat foi detido em 2012, com 17 anos, num aeroporto na Arábia Saudita quando se preparava para viajar para os EUA, onde iria estudar na Western Michigan University.

O sindicato, que reivindica 1,6 milhões de membros à escala nacional, apelou ao Presidente norte-americano que solicitasse aos dirigentes sauditas que anulassem a sentença de execução de Al-Sweikat e dos outros condenados por acusações relacionadas com protestos violentos e confrontos com a polícia, ocorridos na Província Oriental, que tem uma forte população da minoria xiita.

O Governo saudita, por norma, não comenta este tipo de casos.

Milhares de xiitas sauditas foram para as ruas em 2011 e 2012 durante um crescendo de protestos em todo o mundo árabe, para exigir mais direitos e melhores serviços públicos.

Muitos xiitas na Arábia Saudita queixam-se de discriminação, com tensões e violência a aumentarem nas últimas semanas na cidade rebelde de Al-Awamiya.

Destacados clérigos muçulmanos sunitas ultraconservadores na Arábia Saudita já classificaram os xiitas como apóstatas e os contestatários xiitas também já foram acusados de serem aliados do rival do reino, o Irão.

A Amnistia Internacional e o Human Rights Watch emitiram declarações em junho, classificando o julgamento destes jovens como “grosseiramente injusto”.

A Arábia Saudita tem uma das maiores taxas de execução do mundo. Em 11 de julho, o reino executou quatro xiitas por violência relacionada com protestos e ataques a polícias.

Em janeiro de 2016, os dirigentes sauditas mandaram executar 47 presos condenados por terrorismo, incluindo o proeminente clérigo xiita xeque Nimr al-Nimr, que liderou protestos em Al-Awamiya contra o governo de Riade e os clérigos ultraconservadores sunitas.

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