De acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no conjunto de 2016, uma fatia de 13,2% (301,1 mil) do total de 2,279 milhões de jovens dos 15 aos 34 anos não tinham emprego e não estavam a estudar ou em formação.

A par do desemprego jovem (dos 15 aos 24 anos, que em 2016 se situou em 28%, menos quatro pontos percentuais face a 2015),as instituições europeias têm mostrado fortes preocupações com o elevado número de jovens que não trabalham, nem estudam ou estão em formação.

Comparativamente ao ano de 2015, a taxa dos chamados jovens “nem nem” diminuiu 0,3 pontos percentuais (10,7 mil), tendo este decréscimo sido mais pronunciado para as mulheres (0,5 pontos percentuais ou 9,7 mil), no grupo etário dos 15 aos 19 anos (1,0 pontos percentuais ou 5,5 mil) e entre aqueles que completaram o ensino superior (0,9 pontos percentuais ou 3,9 mil).

Considerando apenas o quarto trimestre, a taxa de jovens não empregados que não estão em educação ou formação diminuiu 0,3 pontos percentuais (7,0 mil) para 13%, o que resultou de um decréscimo entre as mulheres (0,8 pontos percentuais) que mais do que compensou o aumento verificado para os homens (0,2 pontos percentuais).

Por nível de escolaridade, verificou-se uma diminuição trimestral da taxa de jovens não empregados que não estão em educação ou formação entre os que completaram o ensino secundário e pós-secundário (0,6 pontos percentuais) ou o ensino superior (0,7 pontos percentuais).

Já a taxa daqueles que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico aumentou 0,4 pontos percentuais, sinaliza o INE.

Relativamente ao 4.º trimestre de 2015, a percentagem de jovens dos 15 aos 34 anos que não estavam empregados, nem a estudar ou em formação, diminuiu 0,6 pontos percentuais.

O INE divulgou hoje também que a taxa de desemprego média global apurada para 2016 desceu 1,3 pontos percentuais face a 2015, para os 11,1%, abaixo da estimativa do Governo, mantendo-se inalterada no quarto trimestre, nos 10,5%.

O comportamento da taxa de desemprego para o conjunto de 2016 ficou assim em linha com o esperado pelos analistas contactados pela Lusa, que apontavam para que ficasse entre os 11% e os 11,1%.