“No sábado, devemos todos sair para as ruas, na Venezuela e ao redor do mundo, com um objetivo claro: acompanhar o ultimato feito pelos membros da União Europeia”, afirmou quinta-feira Juan Guaidó, referindo-se ao prazo dado para a convocação de eleições antecipadas.

A manifestação está marcada para as 10:00 locais (14:00 em Lisboa).

“Esta será a maior marcha da história da Venezuela e do nosso continente”, disse Guaido, reiterando que considera o segundo mandato do Presidente Nicolas Maduro, iniciado em 10 de janeiro, ilegítimo, por resultar de “eleições fraudulentas”.

Em Portugal estão convocadas manifestações para Lisboa, Funchal, Aveiro, Ponte da Barca, Porto e Faro.

Guaidó, de 35 anos, autoproclamou-se Presidente interino, no dia 23 de janeiro, e tem convocado várias manifestações de oposição ao regime de Maduro, que já fizeram dezenas de mortos e centenas de feridos.

O autoproclamado Presidente interino denunciou, entretanto, tentativas de intimidar a família, apontando responsabilidades a Nicolas Maduro.

“Mas não vão me intimidar”, disse Guaidó aos jornalistas, em frente da sua casa em Caracas, com sua filha de 20 meses de idade e sua esposa ao seu lado.

Segundo Guaidó, homens que se identificaram como Forças Especiais da Polícia invadiram a sua casa, perguntando onde estava a sua mulher, Fabiana Rosales, e a sua família.

O comandante da polícia venezuelana Carlos Alfredo Pérez Ampueda rejeitou os comentários de Guaidó, dizendo que o político “está totalmente errado”.

A crise política na Venezuela soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

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