
"Agora, os funcionários do governo estão a trabalhar nos detalhes", afirmou o funcionário sob condição de anonimato. "Já estamos a consider uma visita a Washington (EUA) na sexta-feira para assinar o acordo", acrescentou.
Trump exige que a Ucrânia lhe dê acesso como compensação pelos milhões de dólares em ajuda para enfrentar a invasão russa que Kiev recebeu durante a presidência de Joe Biden.
O acordo permitiria que os Estados Unidos explorassem conjuntamente a riqueza mineral da Ucrânia. A receita seria destinada a um fundo recém-criado "conjunto para Ucrânia e Estados Unidos", explicou o alto responsável ucraniano à AFP.
Segundo a fonte ucraniana, o rascunho do acordo inclui uma referência à "segurança" da Ucrânia, como exigia Kiev, embora não forneça detalhes específicos sobre o papel dos EUA.
Trump tinha prometido acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa há três anos, mas desde uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em 12 de fevereiro, retomou a retórica do Kremlin sobre a responsabilidade das autoridades ucranianas no conflito e descreveu o presidente ucraniano como um “ditador sem eleições”.
Ontem, o presidente norte-americano anunciou estar a negociar acordos com Putin, como parte dos esforços para acabar com a guerra.
"Estou em negociações sérias com o presidente Vladimir Putin da Rússia sobre o fim da guerra e também sobre importantes transações de desenvolvimento económico a serem realizadas entre os Estados Unidos e a Rússia. As negociações estão a ir muito bem!", disse Trump na sua plataforma Truth Social.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu no domingo que pode ser forçado a assinar um acordo económico com Washington, que garantiria a continuidade da ajuda à Ucrânia em troca de os Estados Unidos explorarem minerais raros no país.
"Se as condições são: ‘não ajudamos se não assinar um acordo', então fica claro", disse Zelensky durante uma cerimónia a assinalar os três anos da invasão russa.
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