“Queremos que a segunda cimeira tenha lugar num país do Sul Global”, disse Andri Yermak, explicando que a equipa do Presidente Volodymyr Zelensky está a trabalhar para identificar que país poderá acolher a cimeira.
Ao levar a segunda cimeira a África, à Ásia ou à América Latina, a Ucrânia espera atrair apoios para a proposta de paz que está a preparar para acabar com a guerra nos países emergentes tradicionalmente aliados da Rússia.
Yermak indicou ainda que a condição para a segunda cimeira se realizar é a aprovação de um “plano conjunto” pelo maior número possível de países.
“Seria possível ignorar um plano assinado por uma centena ou mais de países se a Índia, a Arábia Saudita, a China ou o Brasil o assinassem? Seria possível para um país agressor que depende em grande parte deles?”, apontou Yermak, quando questionado sobre os efeitos para a Rússia da apresentação de um plano em cuja elaboração não participou.
Yermak sublinhou ainda a necessidade de “envolver mais países” para aumentar as hipóteses de a Rússia considerar o plano de Kiev para acabar com a guerra em termos aceitáveis para a Ucrânia.
A primeira cimeira realizou-se em meados de junho, na Suíça, por iniciativa de Kiev, sem que a Rússia fosse convidada.
No evento participaram mais de uma centena de países e organizações internacionais, que discutiram um documento apresentado pela Ucrânia, que exige, entre outras coisas, a retirada total das tropas russas do seu território.
A declaração final do encontro limitou-se a apelar a medidas humanitárias e à segurança energética e alimentar, contando com o apoio de cerca de 80 participantes.
Países como a China (que não esteve presente na cimeira na Suíça), a Índia, o Brasil ou a Arábia Saudita não assinaram a declaração.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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