De acordo com a agência noticiosa da Coreia do Sul, Yonhap, Kim qualificou o incidente como "um caso vergonhoso" e pediu desculpa por "desapontar o Presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos".
Na quinta-feira, o Ministério da Defesa sul-coreano acusou a Coreia do Norte de matar um dos seus oficiais, que tinha desaparecido na fronteira entre os dois países, e de ter incinerado o seu corpo, um ato descrito como "brutal".
O ministério referiu que foram exigidas explicações a Pyongyang, segundo o comunicado então divulgado.
O oficial de 47 anos tinha desaparecido na segunda-feira quando estava a bordo de um barco do Ministério das Pescas que se encontrava na altura perto da ilha de Yeonpyeong, a cerca de dez quilómetros da fronteira marítima ocidental, a tensa e disputada Linha Limite do Norte.
As tropas norte-coreanas "encontraram o homem nas suas águas e cometeram um ato brutal ao atirar nele e incinerarem o seu corpo, de acordo com a exaustiva análise militar que fizemos de vários dados de inteligência", informava-se na nota do ministério.
A embarcação sul-coreana estava a verificar uma possível pesca não autorizada perto da fronteira marítima inter-coreana, onde já ocorreram vários incidentes navais entre os dois países e ataques mortais atribuídos à Coreia do Norte.
O incidente deve aprofundar as tensões entre Seul e Pyongyang.
As relações entre as duas Coreias continuam tensas, em especial após o impasse nas negociações nucleares entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
Em junho, Pyongyang explodiu um gabinete de ligação inter-coreano no seu território, em represália contra a campanha de panfletos civis sul-coreanos lançados contra a Coreia do Norte.
No auge de sua rivalidade na Guerra Fria, a Coreia do Norte frequentemente rebocava à força os barcos de pesca sul-coreanos que operavam perto da fronteira marítima, mantendo alguns dos tripulantes a bordo e devolvendo outros.
Deserções de sul-coreanos para a Coreia do Norte são altamente incomuns. Mas mais de 30 mil norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul nos últimos 20 anos por razões políticas e económicas.
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