"Esta declaração é, sem dúvida, alarmante", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, antes de alertar que Moscovo continuará "a monitorizar de perto" os comentários do presidente dos Estados Unidos.

Durante a visita à Polónia, no sábado, Joe Biden disse que Vladimir Putin era um "carniceiro" que "não pode permanecer no poder". Horas depois, a diplomacia norte-americana e aliados vieram a público esclarecer que os EUA e a NATO não pretendem uma mudança de regime na Rússia.

Na mesma declaração, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou que não há ainda "progressos significativos" nas negociações entre Kiev e Moscovo.
"De momento ainda não podemos ver nenhum progresso significativo ou quaisquer progressos", adiantou. O responsável acrescentou também que não houve nenhuma aproximação no sentido de organizar negociações diretas entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

No domingo, foi também anunciado que a Turquia iria acolher as delegações russa e ucraniana na nova fase de negociações. Peskov referiu, porém, que "é muito improvável" que as negociações sejam retomadas presencialmente já esta segunda-feira.

"As delegações estão a chegar hoje", pelo que a nova ronda deverá começar apenas terça-feira.

Moscovo prefere não revelar detalhes sobre as negociações em curso, argumentando que tal poderia "prejudicar" os trabalhos. No entanto, o porta-voz do Kremlin considera que "o facto de se ter decidido continuar as negociações presencialmente é muito importante", considerou.

*Com AFP