Um porta-voz do Ministério da Defesa suíço confirmou o envio da carta, na qual Amherd explica a Putin a posição da Suíça sobre o respeito do direito internacional, dos direitos humanos e dos princípios universais estabelecidos na carta fundadora das Nações Unidas, que propõe usar como uma base na busca da paz.
A Suíça convocou uma conferência internacional de paz para meados de junho, na qual estará presente o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e que também poderá contar com a presença do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, entre outros líderes mundiais.
No entanto, a Rússia não foi convidada para esta reunião de alto nível, que o próprio Putin criticou depois de observar que nada pode ser decidido em relação à guerra na Ucrânia sem a participação de Moscovo.
O desconforto da Rússia com a reunião foi ainda mais evidente numa declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que descreveu a Suíça como um “país hostil”, considerando que abandonou o princípio da neutralidade que tradicionalmente norteou a sua política externa e que por esta razão não é adequada para promover um processo de paz.
Confrontada com a guerra na Ucrânia, a Suíça seguiu as políticas de sanções económicas da União Europeia contra a Rússia, que o Kremlin interpretou como uma perda de neutralidade.
A carta da Presidente suíça é conhecida um dia depois de a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ter aprovado um pacote de ajuda militar e financeira à Ucrânia no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que poderá dar um novo impulso às forças de Kiev para enfrentar a invasão russa.
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