Georgieva era a única candidata ao cargo e beneficiou de uma mudança nos estatutos do FMI relativa ao limite de idade, permitindo que a sua candidatura fosse válida.
Kristalina Georgieva completou 66 anos no dia 13 de agosto, ultrapassando o limite de idade de 65 anos imposto pelos estatutos do FMI desde 1951. O seu mandato no FMI terá uma duração de cinco anos.
“Assumo as minhas novas funções consciente dos grandes desafios que tenho. O crescimento económico mundial continua a dececionar, as tensões comerciais persistem e o peso da dívida é maior em muitos países”, declarou Georgieva, citada num comunicado divulgado na quarta-feira, quando foi anunciada a sua nomeação.
“Neste contexto, a minha prioridade imediata na liderança do FMI será ajudar os países membros a minimizarem o risco de crise e a prepararem-se para enfrentar a desaceleração económica”, acrescentou a economista.
A nova diretora-geral do FMI assume funções numa altura em que a economia mundial dá sinais de um enfraquecimento, em particular na Europa, e num contexto de guerra comercial entre China e Estados Unidos.
A crise económica na Argentina será outro dos assuntos que vai enfrentar no curto prazo, numa altura em que as críticas ao FMI se multiplicam depois de ter concedido ao país no ano passado um empréstimo de 57 mil milhões de dólares e já ter desembolsado 44 mil milhões.
Georgieva era desde 2017 diretora-executiva do Banco Mundial, instituição onde fez grande parte da sua carreira.
Christine Lagarde deixou a liderança do FMI para ser presidente do Banco Central Europeu (BCE), funções que vai exercer a partir de 1 de novembro.
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