“Foram estabelecidos como principais objetivos a implementação de um programa de medicina no trabalho, evitar a transferência de serviços internos para contratos externos, aumentar a força laboral, acabar com o limite nos postos de trabalho, tal como reavaliar as descrições de trabalho ajustando-as à realidade”, adiantou hoje a CRT, liderada novamente por Diana Sousa, em comunicado de imprensa.
Os representantes dos trabalhadores pretendem ainda “garantir a aplicação da lei da parentalidade em conformidade com a lei portuguesa, manter o diálogo e a partilha de informação entre os trabalhadores e a CRT, ir de acordo às preocupações e expectativas da força laboral e continuar a luta para a correção das tabelas salariais”.
A única lista apresentada para o biénio 2020-2021, que integra quatro membros da anterior comissão, incluindo a presidente, Diana Sousa, venceu as eleições “por unanimidade”.
A votação decorreu nos dias 04 e 05 de dezembro, contando com a participação 64% dos trabalhadores.
A comissão recém-eleita compromete-se “a trabalhar com independência, perseverança e empenho na defesa do interesse comum”.
“A CRT apresenta-se com a noção da elevada responsabilidade de representar a maior contrapartida açoriana desta relação bilateral, que são os postos de trabalho e o seu enorme contributo para a economia local e regional”, lê-se no comunicado de imprensa.
A nova comissão, liderada por Diana Sousa, integra ainda Orlando Fontes, Almerindo Ázera, Natacha Silva, Luís Correia, Sandra Areias, Ricardo Silva e João Ferreira.
Em 2015 e 2016, mais de 400 trabalhadores portugueses da base das Lajes (na Praia da Vitória, na ilha açoriana da Terceira), com contrato sem termo, assinaram rescisões por mútuo acordo, na sequência da redução do efetivo norte-americano de 650 para 165 militares.
A administração norte-americana comprometeu-se a manter 417 postos de trabalho para portugueses, dos quais 416 estão atualmente preenchidos com contratos sem termo.
A Comissão Representativa dos Trabalhadores disse recentemente que existiam 13 funcionários ao serviço das Feusaçores com contratos a termo, em risco de serem dispensados, apesar de terem renovado contratos por vários anos.
Muitos destes 13 funcionários já foram informados de que os seus contratos não serão renovados e dois foram dispensados, incluindo uma trabalhadora a contrato desde 2001 e um colega que trabalhava no local há cerca de três anos.
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