Esta é a síntese de quase uma hora de conversa de Assunção Cristas num encontro com jovens do Conselho Nacional de Juventude, na sede do CDS-PP, em Lisboa, em que também repetiu que jamais fará um acordo com o PS de António Costa, que optou por aliar-se às “esquerdas mais radicais”.

A estratégia de Cristas, hoje repetida aos jovens, foi mesmo garantir que, nas eleições legislativas de 2019, o bloco de centro-direita, PSD e CDS, possam ter maioria no parlamento, mais de 116 deputados, seguindo os centristas uma estratégia de oposição e também apresentar alternativas.

“Os tempos não estão para maiorias absolutas nem para a direita nem para a esquerda”, afirmou, e “não é desejável”, afirmou.

Se assume querer formar parte de um bloco político à direita, Cristas admite não gostar de usar o termo “geringonça” para designar o acordo entre PS, PCP, BE e PEV, existente desde 2015, popularizado pelo seu antecessor Paulo Portas, a partir de um artigo de Vasco Pulido Valente.

“É demasiado simpático”, afirmou, preferindo, antes, as “esquerdas unidas” ou “esquerdas encostadas”, que se encostam quando dá jeito e desencostam quando não dá jeito.

Até às legislativas de 2019, promete trabalhar “para que haja 116 deputados no centro-direita”, afirmou ainda a líder e ex-ministra que, logo no início do colóquio organizado pelo Conselho Nacional de Juventude, sobre os temas que influenciam o futuro dos jovens em Portugal, fez a confissão de não saber como atrair jovens para a política.

Nas conversas com os filhos, Assunção Cristas afirmou ouvir como resposta: “Mãe, os meus colegas não querem saber de política”.

A mãe e líder compreende até porque, quando era jovem, só “vagamente” se interessava por política.

Hoje, depois de ter sido ministra e de ser deputada e presidente de um partido político esforça-se por explicar aos jovens que a “política não é nada estratosférico” e é algo que determina as suas vidas.

Assunção Cristas participou hoje no colóquio “Escolher o Futuro”, organizado pelo Conselho Nacional de Juventude, e que foi uma conversa informal sobre a perspetiva dos centristas acerca dos temas que influenciam o futuro dos jovens em Portugal.