“A votação na Assembleia de Voto Antecipado em Mobilidade do Município de Lisboa decorrerá nas secções de voto instaladas na Cidade Universitária (Reitoria, faculdades de Direito, Letras, Psicologia e Ciências - pav. C6 e Cantina Velha), no grupo de escolas do Lumiar (Básica Lindley Cintra e Secundária) e na Escola Secundária do Restelo”, indicou a autarquia.
Em comunicado, a Câmara de Lisboa refere que “estão previstas, no total, 152 mesas de voto para receber os eleitores em mobilidade, estando inscritos 37.846 eleitores para o efeito”.
No âmbito da votação antecipada para as eleições legislativas 2022, que decorre no próximo domingo, o município tem previsto o envolvimento no processo de “cerca de três centenas de funcionários da câmara e das juntas de freguesia”.
Segundo dados finais do Ministério da Administração Interna (MAI) hoje divulgados, um total de 315.785 eleitores inscreveram-se para votar antecipadamente em mobilidade no domingo.
No início de janeiro, a Câmara de Lisboa antecipou à agência Lusa que as eleições legislativas teriam “uma resposta alargada face ao último ato eleitoral”, que seria distribuída em três zonas da cidade, o que vai acontecer.
Nessa altura, o universo de votantes ainda não estava determinado, uma vez que as inscrições para o voto antecipado em mobilidade terminaram às 23:59 desta quinta-feira, prevendo a autarquia “um total de 133 secções de voto”.
A Câmara assegurou no entanto que, consoante o número de eleitores, iria adotar “os recursos técnicos e humanos para garantir que o ato decorre com a normalidade e eficiência que se exige nesta altura”, acrescentado que o mesmo princípio se aplica ao voto em confinamento, em que o universo de votantes será conhecido no próximo domingo (data limite para inscrição), pelo que “providenciará os meios necessários para proceder à recolha dentro do universo de funcionários do município, em particular dos serviços de Proteção Civil e Secretaria-Geral”.
Nas últimas eleições autárquicas, em 26 de setembro de 2021, ato eleitoral que foi preparado pelo executivo presidido por Fernando Medina (PS), a cidade de Lisboa disponibilizou seis brigadas na recolha do voto em confinamento.
“Neste momento a previsão de equipas será duplicar a capacidade”, ou seja, prevê-se a disponibilização de 12 brigadas na recolha, segundo informação da Câmara de Lisboa, no início de janeiro.
O processo eleitoral das próximas legislativas é coordenado pelo vereador Diogo Moura (CDS-PP), que tem competências executivas nos serviços de apoio ao processo eleitoral, e tem a participação de vários serviços municipais, em articulação com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) e entidades externas que se encontram a colaborar com o município “no sentido de garantir que o ato eleitoral decorra em segurança, em respeito pelas regras de saúde pública e com a maior eficiência”.
Em 05 de dezembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou oficialmente a dissolução do parlamento, na sequência do “chumbo” do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), e a marcação de eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro, tal como anunciara ao país em 04 de novembro.
A proposta de OE2022 foi rejeitada pela Assembleia da República, em 27 de outubro, com os votos contra de PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a uma crise política e à convocação de eleições.
Tal como as eleições presidenciais de 24 de janeiro de 2021 e as eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021, as próximas eleições legislativas, que foram antecipadas para 30 de janeiro, realizam-se num contexto de crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.
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