“O resultado significa que uma mudança material na direção da política fiscal portuguesa é improvável. O PS fez campanha numa plataforma de disciplina fiscal e prometeu que o país terá excedentes fiscais como forma de proteger Portugal de uma desaceleração no ciclo económico”, apontou, em comunicado, a Moody’s.

A agência de notação financeira considerou ainda que a nova aritmética parlamentar vai permitir ao Governo “resistir a pressões para aumentar os gastos nos próximos anos, incluindo por parte dos partidos que venham a apoiá-lo em quaisquer outras medidas”.

O PS venceu as eleições legislativas de domingo com 36,65% dos votos, seguido pelo PSD (27,90%), Bloco de Esquerda (9,67%) e PCP (6,46%).

Por sua vez, o CDS-PP ficou reduzido a cindo deputados na Assembleia da República, menos 13 mandatos do que tinha obtido nas anteriores legislativas, o que levou a sua líder, Assunção Cristas a anunciar que não se vai recandidatar num congresso a ser convocado pelo Conselho Nacional.

As eleições ficaram ainda marcadas pelo resultado do PAN, que passou de um para quatro deputados, e pela entrada no parlamento de novas forças políticas – Chega, Iniciativa Liberal e Livre.