“É fundamental que tenham memória sobre aquilo que se passou no passado neste país e que não esqueçam aquilo que foi o drama das políticas promovidas pelo Governo do PSD e do CDS e também os tempos difíceis e as políticas que foram efetivamente tomadas no tempo de maiorias absolutas do PS”, referiu a dirigente do PEV Heloísa Apolónia, na apresentação das linhas gerais e dos candidatos do partido que integrarão as listas da CDU para as eleições legislativas antecipadas.
A antiga deputada ecologista, agora cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leira, acrescentou que “estas duas memórias não podem falhar” no dia do sufrágio.
Heloísa Apolónia reforçou que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) não foi aprovado porque o PS não quis e insistiu que eleições antecipadas não eram a única solução para resolver o impasse - uma posição que o PEV tem transmitido desde que o Presidente da República anunciou que avançaria com a dissolução do parlamento.
A “volta que quiseram dar”, acrescentou, demonstra que o PS tem pretensões de alcançar uma maioria absoluta ou um entendimento com a direita. Para a ex-deputada, a intenção foi retirar a esquerda da equação.
“Acho que isto diz tudo sobre a falta de seriedade com que neste momento o PS se apresenta perante os eleitores”, completou.
O PEV – que compõe a Coligação Democrática Unitária (CDU) juntamente com o PCP e a Associação Intervenção Democrática – estabeleceu cinco eixos para a próxima legislatura, o primeiro reivindicando um combate concreto às alterações climáticas.
Promover a produção e o consumo locais, a produção de eletricidade para autoconsumo e a renovação do material circulante na ferrovia são algumas das medidas que “Os Verdes” propõem para os próximos quatro anos.
Em linha com o PCP, o PEV exorta também para a necessidade de valorizar os salários e combater a precariedade laboral, assim como a regulação do mercado de arrendamento e a criação de uma rede de habitação “a baixos custos”.
A agricultura familiar também é uma das 'bandeiras' do partido reeditada nestas linhas gerais, que promova “circuitos curtos para agricultura familiar e biológica nos mercados locais e cantinas públicas”.
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