Segundo o documento, a moção visa pôr fim "ao adiamento sistemático desta pretensão antiga e justa de toda a população, entidades e instituições da Região Centro de Portugal, para reforço da economia nacional, da sua coesão territorial e do desenvolvimento regional”.
Para além do pedido de abertura, os membros da Assembleia Municipal de Leiria propõem ainda “a criação de uma associação de âmbito da região Centro, constituída por órgãos autárquicos, associações empresariais, instituições ligadas ao turismo e ao ensino superior, outras instituições públicas e privadas com interesses no desenvolvimento da região”.
A moção começa por referir que “os quase 2,5 milhões de habitantes, o meio milhão de emigrantes e as cerca de 74.000 empresas de grande dinamismo interno e externo, de caráter inovador e tecnológico”, projetam a região no mundo, pelo que podem e devem “beneficiar de um equipamento desta importância”.
“Na região Centro de Portugal sempre existiu, sem apoios significativos ou investimentos avultados por parte do Estado central, uma fortíssima dinâmica em todos os aspetos da nossa vida (social, cultural, religioso, académico e empresarial) comum a vários setores de atividade mais tradicionais, como a agricultura ou a mais inovadores, como a indústria, os serviços, o turismo e a gastronomia, plenamente justificadoras de investimentos estruturantes para a região”, adianta.
Por outro lado, os membros da Assembleia Municipal de Leiria, presidida por António Sequeira (PS), notam que o Centro “constitui uma região diversa e completa, com quatro importantes distinções” da UNESCO, “motivos mais que suficientes para a construção de infraestruturas de transporte de relevo que a aproximem do mundo global e que contribuam para o desenvolvimento do país”.
Acresce “a riquíssima oferta turística, com unidades hoteleiras de grande qualidade e capacidade superior a 50 mil camas”, o turismo do Sol ou o desenvolvimento do golfe, exemplos de áreas que “devem crescer mais, ganhando um importante incremento com a chegada de novos consumidores”.
“A importância mundial do turismo religioso que movimenta milhões de pessoas por todo o mundo e considerando a importância única do Santuário de Fátima e sua proximidade a Monte Real é convicção, baseada nos estudos realizados, que permite dotar a aviação civil em Monte Real de massa crítica suficiente, permitindo a sua rentabilização quase imediata com os mais de oito milhões de visitantes por ano”, salienta a moção.
Segundo o documento, “a aviação civil em Monte Real assume-se como uma alternativa” aos aeroportos e Lisboa e Porto, destacando igualmente a “unanimidade em torno da abertura da aviação civil em Monte Real, que junta a sociedade civil, a comunidade empresarial, os dignitários religiosos, os partidos políticos, bem como outras associações de relevo”.
A moção critica ainda “o Estado Central e os seus diversos governos” que “pouco têm feito ao nível do investimento nesta região, e mesmo após decisões da Assembleia da República positivas, não tem atendido aos sólidos argumentos económicos, sociais, culturais e turísticos apresentados”.
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