Numa mensagem em vídeo, Francisco Rodrigues dos Santos afirma ter recebido “amplos apelos” e, por isso, vai apresentar, ao 28.º congresso do partido, em janeiro de 2020, “um projeto ambicioso que construa a raiz da alternativa de direita ao socialismo” e que “renove e reposicione o CDS”.

Esta é uma moção que, disse, não se deve confundir com a que a JP irá apresentar, dado que é “em nome próprio” e representa um “caminho próprio e autónomo”.

Sem adiantar muito mais, Francisco Rodrigues dos Santos afirma querer a “reconstrução de um novo partido velho” e anuncia que vai fazer contactos com as bases do partido pelo país, para “ouvir contributos e os desafios” dos militantes.

Em 17 de outubro, à entrada para o conselho nacional que fez uma análise aos resultados das eleições, que ditaram a saída da presidente, Assunção Cristas, Francisco Rodrigues dos Santos, admitiu entrar na corrida à liderança.

“Eu estou, como sempre estive, ao lado do meu partido, não o abandono, não fujo. Estou disponível para aquilo que os militantes do meu partido entenderem que eu posso ser mais útil”, afirmou aos jornalistas.

Um dia depois das legislativas, Francisco Rodrigues dos Santos reconheceu que o CDS sofreu uma “pesada derrota” e apontou como solução de futuro a “grande casa das direitas”.

Pelos estatutos do partido, a apresentação de uma moção de estratégia global ao congresso não implica diretamente uma candidatura a presidente do partido. No entanto, quem quiser concorrer a líder, terá de ser o primeiro subscritor de uma moção global.

Até ao momento, há um candidato declarado, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), do CDS, e três potenciais candidatos “em reflexão” – Filipe Lobo d´Ávila, do “Juntos pelo Futuro”, João Almeida, deputado e porta-voz do partido com anterior liderança, e o líder da JP, Francisco Rodrigues dos Santos.

Assunção Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS em 06 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,4% dos votos.

O 28.º congresso para eleger uma nova liderança do partido está agendado para 25 e 26 janeiro de 2020, em Aveiro.

(Artigo atualizado às 10.39)