“Com a autoridade vem uma grande responsabilidade”, escreveu Lapid na conta pessoal na rede social X, considerando “honrosa” a decisão de Haliva de pôr fim ao seu posto militar, uma vez que se considera responsável pela inação militar que não conseguiu evitar o massacre da organização islamita que matou 1.200 pessoas em solo israelita e permitiu o sequestro de cerca de 250 pessoas.
“Teria sido apropriado que o primeiro-ministro Netanyahu tivesse feito o mesmo”, acrescentou Lapid.
Em termos semelhantes, Vladimir Beliak, outro deputado do partido Yesh Atid, de Lapid, apelou à demissão “imediata” do líder israelita, independentemente da criação de uma comissão de inquérito estatal para identificar os responsáveis pela gestão da “tragédia” de 07 de outubro.
Por enquanto, o único inquérito ainda em curso é o que o exército abriu internamente no final de fevereiro, cujas conclusões deverão ser apresentadas ao chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, no início de junho.
Haliva é o primeiro alto funcionário a demitir-se meio ano após os ataques do Hamas, que ainda mantém 133 reféns na Faixa de Gaza.
Pouco depois do ataque, Haliva assumiu a “culpa” por não ter evitado o ataque do Hamas.
As Forças Armadas israelitas informaram em comunicado que o chefe do Estado-Maior aceitou o pedido de demissão de Haliva agradecendo os serviços prestados.
A demissão pode abrir caminho para que outros responsáveis máximos da segurança israelita venham a assumir responsabilidades por não terem impedido o ataque e se demitam.
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