“O CDS tem órgãos próprios que lideram e não damos satisfações a rigorosamente ninguém”, afirmou hoje o novo líder centrista, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Vinhais, em Trás-os-Montes, ainda com ecos da contribuição do partido para a viabilização de algumas medidas no Orçamento do Estado do Governo Socialista.
Francisco Rodrigues dos Santos vincou que o CDS não se “rende às exigências da extrema-esquerda” e que vê no PSD um parceiro para uma maioria governativa alternativa, mas exige ser tratado “enquanto tal”.
Por isso, avisou mesmo que o partido que lidera não anda “às ordens do PSD”.
“Se o PSD quer derrubar o Governo, então deve dialogar à séria com o CDS e não encontrar parceiros na extrema-esquerda capazes de ajudar nessa tarefa”, sustentou, acrescentando que “da parte do CDS não há dificuldade nenhuma no diálogo”.
O presidente do partido reafirmou que “o CDS foi fiel à sua estratégia política e à posição inicial que sempre manifestou, não andou aos zigues-zagues, às arrecuas, nem a jogos de sombras”.
“Fomos absolutamente transparentes e previsíveis, portanto estamos focados em virar esta pagina e apresentar uma maioria de centro-direita capaz de dar ao país as reformas de que Portugal precisa”, declarou.
O líder do CDS lembrou que foi ignorado o apelo do partido para uma entendimento a três (PSD, PS E CDS) para que fosse possível e viável descer o IVA da eletricidade.
“O que aconteceu foi que em vez de se procurar acautelar com compensações e contrapartidas orçamentais a descida do IVA, acabou-se por se ficar absolutamente refém dos partidos da extrema esquerda, por isso a medida mostrou-se absolutamente insustentável do ponto de vista orçamental”, recordou.
O CDS, justificou, “achou que a viabilização desta medida teria a longo, curto e médio prazo graves prejuízos para os portugueses porque que quando existe uma desregulação do ponto de vista do orçamento é sempre ao bolso dos portugueses que os governos vão para tentar sanar as contas públicas”.
“O CDS não fez nenhum frete ao Governo, de maneira nenhuma, nós somos oposição ao Partido Socialista, mas não somos oposição ao nosso país. Quisemos ter uma postura coerente, previsível e segura do início ao fim, fomos o único partido que nunca mudou o sentido de voto”, reiterou.
Francisco Rodrigues dos Santos vincou ainda que o CDS “comunicou esta posição ao Governo e não negociou qualquer tipo de dividendos políticos por ter mantido esta sua posição de forma coerente do início ao final do processo”.
Comentários