“O Governo [Regional], ao que parece, está a fechar a porta à SATA Internacional [antigo nome da Azores Airlines], porque o desígnio da SATA é servir os Açores e, neste momento, a SATA não serve os Açores. Há queixas do Faial, há queixas do Pico, há queixas da Terceira, há queixas de todo o lado... Eu acho que a intenção de Vasco Cordeiro é fechar a SATA”, afirmou, numa conferência de imprensa realizada em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
O líder regional centrista disse que a empresa pública Azores Airlines (que efetua as ligações com o exterior dos Açores) foi “destruída” com rotas que acumularam “prejuízos atrás de prejuízos”, por exemplo para Cabo Verde, Frankfurt, Londres ou Bahia, e com más decisões de gestão.
“Mudaram de nome para Azores Airlines, fizeram um ‘business plan’ para 2015-2020, não cumpriram esse ‘business plan’, alienaram o [avião] A320 que agora faz falta e têm um parado”, salientou.
Artur Lima responsabiliza o atual presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que assume funções desde 2012 e no mandato anterior foi secretário regional da Economia, pasta que tutelava a SATA.
“O Governo Regional dos Açores, particularmente o seu presidente, Vasco Cordeiro, desde que foi secretário da Economia teve uma missão: destruir a SATA Internacional”, acusou.
Segundo o líder regional centrista, o processo de alienação de 49% do capital social da Azores Airlines, anunciado em fevereiro, é “atabalhoado” e “vai acabar mal”.
Artur Lima deu como exemplo da má prestação de serviço público da companhia aérea açoriana o caso da ilha Terceira, que antes tinha sete a nove ligações semanais com Lisboa, no verão, e este ano tem “apenas quatro”.
A secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, anunciou, esta semana, que a Azores Airlines iria retomar uma ligação semanal entre a Terceira e o Porto, suspensa no inverno passado, mas Artur Lima disse não acreditar que tal se concretize.
“Se a rota não é lucrativa para o serviço público, eu quero que alguém me explique como é que ela é lucrativa para um privado”, apontou, alegando que a justificação para a suspensão da rota foi a baixa taxa de ocupação.
Artur Lima disse ter informações de que a TAP tem intenções de efetuar essa rota e de aumentar as frequências para os Açores.
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