Rui Rio, que hoje participou na festa do 45.º aniversário da JSD, que decorreu na Trofa, no distrito do Porto, foi instado a comentar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, e mostrou alguma indiferença à forma com a lei foi desenhada.
"Não era uma lei que fosse regulamentar o lóbi, mas sim impor que houvesse registo das reuniões que os deputados, presidentes de Câmara ou vereadores vão tendo com sindicatos ou dirigentes de associações. O PSD considerou que isso não faz bem nem faz mal, só cria burocracia e não regula nada de concreto", apontou Rui Rio.
O líder do PSD lembrou que o seu partido tinha optado pela abstenção na aprovação do diploma na Assembleia da República, por considerar que é preciso "ir mais além" na luta pela transparência.
"Quando queremos combater a corrupção e o compadrio temos de procurar fazer um quadro legal que realmente o faça, e não um que dê a imagem de combater. Sinto que a sociedade quer isso, e temos de encontrar uma legislação mais eficaz", apontou Rui Rio.
O dirigente social democrata considerou, ainda, que "estar a fazer legislação em cima das eleições é puxar pela demagogia".
"Acho mais prudente esperar pelas eleições, e, depois, toda a Assembleia da República, com calma e ponderação, e se assim entender, fazer uma lei. É negativo fazê-lo neste período de pré-campanha", disse Rui Rio.
O presidente do PSD mostrou, ainda, indiferença, a algumas sondagens sobre as próximas eleições legislativas [de 6 de outubro] que deram conta de uma vitória expressiva do PSD e uma descida da votação do PSD.
"Não comento sondagens quando vamos à frente ou a atras. Não altera a minha forma de fazer política. Temos de continuar seguir as nossas determinações e propostas", rematou Rui Rio.
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