De acordo com a emissora, os ministros libertados são os da Cultura e Informação, da Comunicação e Digitalização, do Comércio e o da Juventude e Desporto.
Permanecem detidos os ministros dos Assuntos Presidenciais, da Indústria, o assessor de meios do ex-primeiro-ministro Abdalah Hamdok, e um membro do Conselho Soberano, que antes do golpe era o órgão máximo de poder no processo de transição no Sudão.
Continuam também detidos outros dirigentes das Forças da Liberdade e da Mudança, uma aliança integrada por vários partidos políticos, associações e grupos civis que faziam parte do anterior executivo, criada depois de ter concertado com os miliares um processo de transição até à realização de eleições democráticas.
Na quarta-feira, Taher Abu Haia, assessor de Abdel-Fattah al-Burhan, anunciou, em entrevista à agência noticiosa espanhola Efe, que o general deveria libertar “nos próximos dias” ministros do anterior governo e os políticos detidos após o golpe de Estado.
O assessor de comunicação do novo homem-forte do Sudão salientou, contudo, que continuariam detidos todos aqueles “contra os quais se confirmem acusações criminais”, designadamente os que são acusados de corrupção pelos militares.
No final da semana passada, fontes do gabinete de Al-Burhan revelaram que o general estava disposto a aceitar a formação de um novo Conselho de Ministros liderado por Hamdok.
O antigo chefe do Governo encontra-se atualmente sob o regime de prisão domiciliária após ter permanecido 36 horas detido pelos militares, enquanto outros ministros do seu gabinete e líderes políticos continuam em paradeiro desconhecido, depois de terem sido igualmente detidos com o golpe de Estado.
Al-Burhan dissolveu em 25 de outubro os órgãos do governo de transição democrática, criados depois do derrube do ditador Omar al-Bashir em abril de 2019, e declarou o estado de emergência em todo o país.
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