“Este é o verdadeiro lançamento da nova rota aérea da seda do século XXI. É um grande feito para Portugal a concretização desta ligação”, disse Pedro Marques no aeroporto Humberto Delgado pouco depois de o avião ter aterrado em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Pedro Marques considerou que esta ligação é muito estratégica do ponto de vista económico, mas também político.

“As relações entre os dois países estão muito fortes e intensas nos últimos anos, mas ficaram mais durante a visita do primeiro-ministro à China e de vários membros do Governo há um ano e que foi um sucesso”, disse.

De acordo com o ministro, estas relações entre os dois países materializaram-se em ações concretas, não foi apenas durante a visita diplomática.

“Este foi um dos acordos assinados há um ano atrás, mas muito tinha sido feito pelo Governo, pela ANA, pelo Turismo de Portugal antes dessa visita. Também foi muito importante a presença há duas semanas em Portugal do presidente da assembleia da República Popular da China”, contou.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas adiantou que está previsto ainda este ano o reforço das ligações com mais um voo no inverno.

“Este grupo HNA, é um grupo que não só concretiza este voo, como é o grupo que investiu indiretamente na TAP, através da Atlantic Gateway. É uma ligação que pretende valorizar a nossa TAP e a economia portuguesa”, disse.

O governante indicou que o número de turistas chineses para Portugal tinha aumentado cerca de 40%, antes desta ligação, por isso, as perspetivas são para uma subida.

“O potencial [destas ligações] é muito importante do ponto de vista turístico, mas também económico. Significa muito mais oportunidades para as empresas portuguesas se aproximarem do mercado chineses, no reforço das relações económicas com empresas chinesas e reforço do potencial das relações políticas entre os países”.

No entender de Pedro Marques, mais importante do que o momento simbólico de hoje será o resultado que durante muitos anos os portugueses vão perceber nas suas vidas e na economia portuguesa”.

“Temos uma posição geográfica única e temos de a aproveitar reforçando como já fizemos com as ligações da TAP à América do Norte mantendo as posições fortíssimas da TAP nas ligações a América do Sul e reforçando África”, disse.

O voo terá três frequências por semana - quarta-feira, sexta-feira e domingo - entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim.

O voo entre Pequim e Lisboa demorará cerca de 13 horas e, no sentido inverso, demorará 12 horas. A atual ligação mais rápida entre a capital dos dois países demora 14 horas, com escala em Frankfurt, na Alemanha.

A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo estatísticas oficiais, 135,1 milhões de chineses viajaram para fora da China continental, em 2016, num aumento de 12,5% em relação ao ano anterior.

A Capital Airlines é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, acionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

Além do Pedro Marques, marcaram presença nesta cerimónia a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos de Portugal/VINCI Airports, Miguel Frasquilho e secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins.