De acordo com o estudo, a introdução da Linha Circular “poderá alterar a forma como os utilizadores percecionam a qualidade” do transporte coletivo (TC) na cidade de Lisboa, prevendo que “a utilização do TI [transporte individual], do autocarro e do elétrico” tenha “uma redução significativa, ao passo que aumenta a utilização de outros modos de TC (transporte fluvial e ferroviário), para além do Metro”.
A estimativa do número de pessoas que deixará de utilizar veículo próprio é de 1.232.276 no primeiro ano de operação e de 38.545.108 passageiros no período de 30 anos.
“Considerando-se uma taxa de ocupação por veículo de 1,2 [pessoas], este valor corresponde a um pouco mais de um milhão de circulações em TI que deixam de ser realizadas logo no primeiro ano”, é salientado no estudo.
A captação de passageiros ao TI ocorrerá tanto em utilizadores com mobilidade circunscrita à cidade de Lisboa como nas ligações suburbanas, “nomeadamente pela melhoria da acessibilidade à importante interface do Cais do Sodré”, que facilitará o acesso de passageiros da margem sul, reduzindo o número de transbordos.
O estudo concluiu que a opção por uma linha circular permitirá ganhar 8.932.833 novos passageiros na rede do Metro no primeiro ano de operação, em comparação com a rede atual.
Em trinta anos de operação, a estimativa aponta para mais 317.884.167 passageiros do que com a manutenção da rede atual.
O estudo de Impacte Ambiental ao prolongamento da rede de Metro de Lisboa entre o Rato e o Cais do Sodré, disponível aqui, está em consulta pública até 22 de agosto.
O documento conclui ainda que o prolongamento da rede do Metro de Lisboa entre o Rato e o Cais do Sodré vai melhorar a oferta daquele transporte público, reduzindo o tempo de espera “em todos os casos, exceto na linha vermelha, no período de ponta da manhã”.
De acordo com o EIA, da população global da Área Metropolitana de Lisboa potencialmente abrangida pela alteração do Metro - um total de 402.493 pessoas - 47,2% pertence ao grupo que apresenta um ganho de frequência e diminuição de transbordos, 47,2% ao grupo que apresenta um ganho de frequência e opções de entrada e 5,6% ao grupo que apresenta um ganho de frequência em paralelo com o aumento de transbordos.
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