De acordo com o relatório hoje divulgado, o número de novos casos de infeção por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 142 casos, "com tendência crescente a nível nacional".

Quanto à incidência, é referido que "o valor do Rt apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,14) e em todas as regiões de saúde, indicando uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e Algarve, que apresentam um Rt de 1,17 e 1,34 respetivamente", pode ler-se.

Assim, "mantendo-se esta taxa de crescimento, o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 240 casos/100 000 habitantes será entre 15 e 30 dias para o nível nacional e inferior a 15 dias na região do Algarve. Este limiar já foi ultrapassado  em LVT".

O relatório informa ainda que o número diário de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente "revelou uma tendência crescente, correspondendo a 43 % (semana passada 36 %) do valor crítico definido de 245 camas ocupadas".

Quanto aos testes positivos, a nível nacional, a proporção destes foi de 2,3%, "valor que se mantém abaixo do limiar definido de 4%". Além disso, "observou-se um aumento do número de testes para detecção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias".

É também referido que, nos últimos sete dias, 86% dos casos de infeção "foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 78% dos seus contactos".

E as variantes?

No que diz respeito às variantes, é explicado que "a variante Alpha (B.1.1.7 ou associada ao Reino Unido) foi a variante dominante durante mês de maio, estimando-se que a variante Delta (B.1.617.2 ou associada à Índia) se tenha já sobreposto a esta à data atual".

Quanto à variante Beta (B.1.351 ou associada à África do Sul), foram identificados, até 25 de junho, 113 casos, não se tendo identificado qualquer caso desde o último relatório. Existe transmissão comunitária desta variante.

Por sua vez, até à mesma data, foram identificados 156 casos da variante Gamma (P.1 ou associada a Manaus, Brasil), ou seja, 10 novos casos desde o último relatório, e também existe transmissão comunitária desta variante.

É ainda referido que "a análise dos vários indicadores revela o surgimento de uma variante de preocupação que rapidamente se tornou dominante e de transmissão comunitária do vírus SARS-CoV-2 com intensidade e pressão crescente nos serviços de saúde, em especial na região de LVT".