Em comunicado, a vereadora com o pelouro dos Assuntos Sociais, Sofia Athayde, afirmou que “as casas de transição acompanhada, modelo Housing First, estão a demonstrar resultados encorajadores na reintegração das pessoas em situação de sem abrigo, evitando que retornem à rua e permitindo o seu acompanhamento de saúde, entre ele o psicossocial, essencial para debelar este fenómeno”.

“Nunca encontrámos ninguém que não quisesse sair da rua, dizer que as pessoas estão na rua porque querem é um mito”
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Em comunicado, a CML explica que "o investimento no modelo “Housing First”, em que às pessoas em situação de sem abrigo é atribuída uma casa de transição acompanhada, permite que seja possível reintegrá-las socialmente evitando que regressem às ruas, local onde se desestruturam as suas relações sociais. Quanto maior for a antecipação na atribuição de uma casa de transição à pessoa que cai na situação de sem abrigo, maior as probabilidades de sucesso no seu processo de reintegração. A taxa de sucesso deste modelo tem sido de cerca de 90%".

Os beneficiários do financiamento para os projetos “Housing First” são: Associação para o Estudo e Integração Psicossocial (AEIPS), com 90 habitações; Crescer na Maior - Associação de Intervenção Comunitária, com 70 habitações; GAT - Grupo de Ativistas em Tratamento, com 40 habitações; VITAE – Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional, com 40 habitações; e AVA – Associação Vida Autónoma, para dar continuidade ao projeto “Residência Solidária de Lisboa”, destinado a acolher 25 pessoas em situação de sem abrigo.