Numa breve nota publicada na sua página da rede social Facebook, Fernando Medina avança que esta “é a melhor homenagem que a cidade pode prestar a Carlos do Carmo, durante anos o grande embaixador do fado”.
Segundo o autarca, trata-se de uma decisão tomada "com o acordo unânime" dos vereadores do município e que perpetua a importância do fadista para Lisboa.
Ainda segundo Fernando Medina, a câmara, em articulação com a família do fadista, irá encontrar uma “forma complementar de o homenagear” atribuindo o seu nome a uma rua ou a um equipamento da cidade.
As cerimónias fúnebres do fadista Carlos do Carmo realizam-se hoje, coincidindo com o dia de luto nacional decretado pelo Governo.
O velório teve início às 10:00 e está marcada a missa de corpo presente para as 15:00.
Segundo a editora do fadista, a Universal Music, "a cerimónia será aberta a todos os que queiram prestar uma última homenagem ao fadista", mas terá "as devidas regras de segurança sanitária".
"O funeral será realizado num cemitério em Lisboa, cerimónia esta reservada à família e amigos mais próximos", acrescenta a Universal.
Carlos do Carmo morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística, em 1964.
Distinguido com o Grammy Latino de Carreira, em 2014, entre outros galardões, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, na Alemanha, do 'Canecão', no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.
O cantor despediu-se dos palcos em 9 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
A publicação do seu derradeiro álbum, "E Ainda?", prevista para o passado mês de novembro, foi anunciada para este ano, pela editora Universal Music.
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