O Reino Unido encerrou no sábado (28) o embarque de britânicos e afegãos vulneráveis, que colaboraram com o seu governo localmente, pouco antes da retirada definitiva das tropas dos Estados Unidos, marcando o fim de 20 anos de presença de forças internacionais no país.

O governo Boris Johnson foi criticado por abandonar as inúmeras pessoas que queriam sair o Afeganistão após a tomada de poder pelos talibãs.

"Lamentamos o facto de que alguém tenha ficado para trás", disse o ministro britânico das Relações Externas, Dominic Raab, ao canal Sky News.

Raab disse que "algumas poucas centenas" de britânicos permanecem no Afeganistão. Em declarações à rádio pública BBC, considerou, porém, pouco realista o número antecipado pelo jornal The Guardian, segundo o qual deputados britânicos estariam a tentar resgatar mais de 7.000 afegãos e seus familiares.

É "muito difícil fornecer um número preciso", disse o ministro, salientando que 5.000 britânicos foram retirados do Afeganistão desde abril, e cerca de 15.000 pessoas, incluindo afegãos, nas duas semanas que se seguiram à tomada de poder talibã em meados de agosto.

Na sexta-feira (27), o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, estimou que até 150 cidadãos britânicos e entre 800 e 1.100 afegãos elegíveis não terão conseguido sair.

O chefe da diplomacia britânica afirmou, porém, que se encontra em negociações com os vizinhos do Afeganistão para facilitar a saída dos que permaneceram no território. Segundo Raad, o Reino Unido vai garantir que os talibãs cumprem o compromisso de lhes permitir uma passagem segura.

Sobre a ameaça representada pelo braço afegão do grupo jihadista Estado Islâmico (IS-K), que reivindicou a autoria de um atentado perto do aeroporto de Cabul na quinta-feira (26), o chefe da Força Aérea britânica, Mike Wigston, disse que o Reino Unido está pronto para disposto a participar de ataques aéreos no Afeganistão.

"Reservamos-nos o direito de usar a força em legítima defesa", especialmente contra "grupos terroristas", enfatizou Raab.

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