A reação do executivo britânico surgiu pela voz da secretária de Estado para a Imigração, Caroline Nokes, que salientou que as pessoas que tentam atravessar o canal estão a colocar as próprias vidas em perigo.

As tentativas de travessia no Canal da Mancha têm vindo a multiplicar-se desde outubro passado e só no dia de Natal, dia 25 de dezembro, 40 pessoas foram resgatadas ao largo de Pas-de-Calais, na costa francesa do canal.

Outras 16 pessoas já tinham sido socorridas no dia 23 de dezembro.

As tentativas têm prosseguido nos últimos dias e nas últimas horas.

Por exemplo, na noite de quarta para quinta-feira, nove pessoas foram intercetadas quando chegaram, a bordo de um bote pneumático, à praia de Sandgate, em Kent.

“O nosso helicóptero de resgate conseguiu identificar as pessoas na praia e conseguiu perceber que estavam sãs e salvas. A polícia prosseguiu no terreno”, afirmou, em declarações à agência francesa France-Presse (AFP), o responsável da equipa de salvamento marítimo de Littlestone, Matt Crittenden.

Outras 11 pessoas, incluindo cinco com sinais de hipotermia, também foram intercetadas durante a noite passada por um barco de patrulha francês ao largo de Calais, depois de vários navios de passageiros terem detetado a embarcação com migrantes a bordo.

“Uma parte (desta movimentação de pessoas) é claramente facilitada por grupos criminosos, enquanto outras tentativas parecem ser de oportunidade”, referiu ainda Caroline Nokes, acrescentando que o Reino Unido e França estão a trabalhar de forma conjunta para tentar travar as travessias.

A travessia do Canal da Mancha em pequenas embarcações, nomeadamente em botes pneumáticos, torna-se particularmente perigosa por causa do intenso tráfego marítimo registado naquela zona, mas também devido às correntes fortes e às baixas temperaturas da água.

O Canal da Mancha é uma extensão do oceano Atlântico que separa a Inglaterra da França.