De acordo com um comunicado do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), enviado na terça-feira à noite, tendo em conta “o incidente que envolve carne congelada proveniente do Brasil”, as autoridades decidiram “suspender o tratamento de requerimentos para importação de carnes congeladas e refrigeradas daquele país”.
O IACM vai “notificar os importadores locais sobre a suspensão e alertar o setor para prestar atenção à origem dos produtos importados”, além de contactar “os serviços competentes do Brasil para conhecer a situação real do caso e proceder ao seu respetivo acompanhamento”.
O anúncio das autoridades de Macau surge no mesmo dia do de Hong Kong, e depois de na última segunda-feira, a China, União Europeia, Coreia do Sul e o Chile terem anunciado restrições às carnes brasileiras. Já a Coreia do Sul informou que permitirá a entrada destes produtos, mas aumentará a fiscalização.
Um grande escândalo envolvendo empresas brasileiras veio a público na última sexta-feira após a polícia local ter realizado uma grande operação contra companhias que supostamente subornavam funcionários públicos para vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados no Brasil e no exterior.
Pelo menos 30 pessoas foram detidas e a polícia acabou por invadir mais de uma dúzia de unidades de processamento de carne.
Uma fábrica de processamento de aves do grupo multinacional BRF e duas fábricas de processamento de carne operadas pela empresa local Peccin foram fechadas.
A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Hong Kong, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.
As vendas de carne de aves em 2016 atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), segundo os últimos dados divulgados pelo Governo brasileiro.
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