De acordo com a agência noticiosa AP, centenas de autocarros estão a atravessar a Grécia até à capital para esta manifestação, apoiada pela igreja ortodoxa grega, sendo que outros manifestantes vêm das ilhas através de barco ou de comboio.
As maiores avenidas do centro de Atenas estão já escoltadas pela polícia, enquanto alguns comerciantes de rua montam barracas para vender bandeiras gregas e bizantinas, relata a AP.
A Grécia rejeita o nome constitucional de República da Macedónia desde a declaração da independência — anunciada por Skopje em setembro de 1991 na sequência da desagregação da Jugoslávia –, com o argumento de que essa designação constitui parte integrante da herança cultural helénica, e pelo receio de reivindicações territoriais na província do norte da Grécia com o mesmo nome.
Por isso, pretende que o vizinho altere a sua designação, acrescentando algo de distintivo.
No passado, decorreram numerosos encontros bilaterais sobre esta questão mediados pelo enviado das Nações Unidas Matthew Nimetz, mas sem resultados.
Este diferendo tem comprometido os desejos de Skopje de integrar a União Europeia (UE) e a NATO, com a Grécia a recusar fornecer o seu apoio até ser encontrada uma solução definitiva.
A Macedónia já é reconhecida por este nome por vários países como os Estados Unidos, China, Rússia ou Reino Unido. Por outros é designada como Antiga República Jugoslava da Macedónia.
Skopje tem negado qualquer ambição territorial e, a nível internacional, o pequeno país balcânico tem sido apresentado como Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM).
No início de janeiro, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, admitiu que o contencioso poderia ser solucionado no primeiro semestre de 2018.
Caso esteja compromisso seja estabelecido nos próximos meses, a FYROM poderia ser admitida com a sua nova designação na NATO durante a cimeira aliada que se realiza em junho.
Em paralelo, tal acordo permitiria desbloquear as negociações de adesão à UE.
O organização do protesto admitiu esperar chegar hoje a um milhão de manifestantes, depois de ter juntado cerca de 100 mil pessoas numa manifestação semelhante realizada no mês passado na cidade de Thessaloniki, no norte da Grécia.
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