"Neste momento, é fundamental o governo português intervir na companhia, meter ordem na casa", disse o governante madeirense, no decurso de uma visita à Feira das Sopas, na freguesia da Boaventura, no concelho de São Vicente, norte da ilha.
Miguel Albuquerque reagia assim ao anúncio do novo modelo tarifário variável implementado pela TAP nas tarifas de desporto para a Madeira e os Açores.
No sábado, 08 de junho, o Clube Desportivo Nacional, equipa madeirense que esta época foi despromovida à II Liga portuguesa de futebol, manifestou a sua preocupação com o fim da "tarifa de desporto" por parte da TAP, alertando que o isso "põe em causa a participação nacional" dos insulares.
"A TAP continua com uma administração desastrosa e é mais um tiro no pé desta companhia", afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que o executivo nacional "tem de intervir".
"O governo tem 50% do capital [social da empresa] exatamente para a TAP continuar a ser uma companhia gerida em consonância com aquilo que são os interesses nacionais", disse.
Albuquerque considera que os interesses das regiões autónomas da Madeira e dos Açores estão a ser "gravemente afetados" pela atual gestão da TAP, a começar pelos preços praticados dentro do território nacional, que são "exorbitantes" e "não cumprem o princípio da coesão económica e da continuidade territorial".
A TAP afirma, por seu lado, que o novo modelo tarifário variável implementado pelas novas tarifas de desporto para a Madeira e os Açores é "mais favorável" para os clubes e os atletas das regiões autónomas.
"Este novo modelo é mais favorável aos clubes, atletas e demais agentes desportivos, em relação ao modelo anterior em vigor nas tarifas de desporto para Madeira e Açores. Deixando o preço da tarifa de ser fixo e passando a ser disponibilizado em função da disponibilidade de lugares em cada voo, verifica-se que, em 60 por cento dos casos, o preço agora praticado é inferior ao que seria com a tarifa fixa anterior", garantiu sábado à Lusa fonte oficial da transportadora.
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