"Desmantelamos em maio, em agosto, em novembro e dezembro quatro conspirações com intervenção estrangeira, planeadas a partir de Miami e da Colômbia", disse Maduro num discurso que se estendeu por mais de cinco horas no Parlamento.
"A última tentativa tinha como objetivo atacar uma unidade militar" na fronteira com a Colômbia, acrescentou. O presidente não fez acusações diretas, mas afirmou que todos os "civis e militares, nacionais e estrangeiros" envolvidos confessaram e estão detidos, sem dar detalhes sobre quantos são.
Entre os detidos estão "mercenários e militares" do Peru, Colômbia, Estados Unidos e outros do seu país, afirmou.
"Eles tinham o objetivo de me assassinar, assassinar importantes líderes políticos e militares da Venezuela e criar um caos e uma comoção no país", acrescentou, culpando o serviço de inteligência dos Estados Unidos, a CIA, o narcotráfico colombiano e a extrema direita, referindo-se à oposição.
Maduro, que deve procurar a reeleição este ano, denuncia frequentemente planos para derrubá-lo e assassiná-lo.
O mais claro foi em 2018, quando dois drones explodiram nas proximidades de um palco onde o presidente presidia um ato com militares. Cerca de 17 pessoas foram detidas devido a esse incidente.
Muitos dos chamados "presos políticos" da Venezuela são acusados de traição e conspiração. Americanos, como Luke Alexander Denman e Airan Berry, também foram condenados a 20 anos de prisão por uma incursão armada fracassada na Venezuela em 2020.
Eles foram libertados em dezembro passado, juntamente com outros oito compatriotas, numa troca com Washington que incluiu uma dezena de presos venezuelanos em troca do empresário Alex Saab, acusado de ser um aliado de Maduro e que enfrentava um caso de lavagem de dinheiro na Flórida.
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